O projeto beneficiou 121 pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, que enfrentam longas filas de espera pelo SUS e complexidade do processo de perícia
Por Beatriz Saturnino – Da Assessoria de Imprensa
A execução do projeto “Compartilhando Solidariedade II” promoveu impactos sociais expressivos e mensuráveis, sobretudo na melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. A distribuição de equipamentos ortopédicos, como cadeiras de rodas, cadeiras de banho, andadores, colchões caixa de ovo e colchões hospitalar, possibilitou maior autonomia, segurança, mobilidade e dignidade aos beneficiários nos municípios de Rosário Oeste, Santo Antônio do Leverger, Juara, Tapurah, Cuiabá, Rondonópolis, Alta Floresta, Colíder, Primavera do Leste e Água Boa.
O projeto beneficiou diretamente 121 pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, em situação de vulnerabilidade social, devidamente cadastradas conforme os critérios estabelecidos pelo projeto.
Os Equipamentos de Mobilidade distribuídos foram: 55 colchões caixa de ovo; 25 colchões hospitalar; 5 andadores ortopédicos; 1 cadeira de rodas monoblocos e 35 cadeiras de banho.
INCLUSÃO
O acesso a esses itens essenciais representou não apenas o cumprimento de um direito básico garantido por lei, mas também um passo importante no processo de inclusão dessas pessoas. Além disso, a abrangência territorial do projeto, que alcançou dez municípios do estado de Mato Grosso, contribuiu para a descentralização das ações assistenciais, alcançando regiões com diferentes níveis de vulnerabilidade social e de dificuldade de acesso a serviços especializados.
O impacto coletivo se manifesta também na conscientização da comunidade local e na articulação com representantes públicos e instituições sociais, fortalecendo redes de apoio que ultrapassam o escopo imediato da entrega de equipamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que enfrenta longas filas de espera, pela demora nos laudos médicos, complexidade do processo de perícia do INSS, por exemplo.
Muitas vezes, essa realidade leva ao abandono do processo por parte dos requerentes, que passam a aceitar sua condição de exclusão social.
Por fim, o projeto gerou esperança em muitos que há tempos aguardavam por uma resposta do poder público, oferecendo não apenas um bem material, mas também uma mensagem de cuidado, reconhecimento e valorização da vida humana.
A efetividade das políticas públicas depende de sua capacidade de alcançar, de maneira prática e acessível, aqueles que mais precisam. Embora legislações como a do Estatuto da Pessoa com Deficiência garantam direitos fundamentais como a
habilitação, reabilitação, autonomia e inclusão social, o caminho entre a Lei e sua
aplicabilidade ainda é, muitas vezes, marcado por entraves burocráticos, desinformação e lentidão nos processos institucionais.
É nesse contexto que o projeto "Compartilhando Solidariedade II" se justifica como uma resposta imediata e concreta a uma demanda social urgente.
AUTONOMIA
Durante a execução do projeto, foi possível observar os efeitos práticos e simbólicos das entregas realizadas: os equipamentos ortopédicos doados transformaram realidades, pois devolveram a muitos o direito de ir e vir, reduzindo barreiras físicas e dependência exclusiva da família ou cuidadores.
Portanto, as experiências vivenciadas ao longo do projeto também revelam a importância de sua continuidade e da expansão de políticas públicas voltadas à população com deficiência. Os resultados obtidos indicam não apenas o cumprimento dos objetivos propostos, mas também o fortalecimento do papel do Instituto INCA-Inclusão, Cidadania e Ação, realizador do projeto, como agente de
transformação social.
O projeto, que retoma em segunda edição, novamente conta com o patrocínio do Governo do Estado de Mato Grosso, com recursos da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (SETASC-MT), via emenda parlamentar impositiva do deputado estadual Ondanir Bortolino – Nininho. Também apoio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
