Será um evento impactante, com a apresentação de dados referentes a realidade socioeconômica e riqueza cultural desses espaços
Por Beatriz Saturnino – Da Assessoria de Imprensa
O projeto Quintais da Cultura Popular Cuiabana chega ao fim neste sábado (16.10), no “Fórum Quintais”, um grande encontro para apresentar o resultado diagnóstico de oito meses de trabalho desenvolvido em 10 quintais cuiabanos, entre as potencialidades e fragilidades, e debater políticas públicas para a auto sustentabilidade e salvaguarda desses espaços. Cada quintal deve sair com o seu modelo de negócio definido, por meio da economia criativa, usando da metodologia Canvas.
Para isso, o evento contará com a presença dos gestores dos quintais, pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e foram convidados a Superintendência de Economia Criativa do Governo de Mato Grosso, as Secretarias de Cultura, Esporte e Lazer do Município (SMCEL), de do Estado (SECEL-MT), de Relações Comunitárias (SARC) de Cuiabá, lideranças comunitárias das quatro regiões da cidade, a União Coxipoense de Associações de Moradores de Bairros (UCAM), a União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb) e escolas do entorno dos quintais visitados.
Será um dia impactante, onde terá a apresentação de um inventário de pesquisa patrimonial e diagnóstico de cultura nesses lugares, exposições de artes visuais, um vídeo documentário e um e-book, entre outras ações que serão reveladas no dia.
De acordo Poliana Queiroz, produtora executiva do projeto, o Fórum será um momento em que o Instituto INCA – Inclusão, Cidadania e Ação apresentará para a sociedade os dados recolhidos e analisados em oito meses de trabalho, que contou com a participação das professoras e pesquisadores do Grupo de Estudos Caleidoscópio – Estudos em Cultura Popular, da UFMT, as antropólogas Patrícia Osorio e Alessandra Jorge, e dos consultores Avinner Augusto, gestor do grupo Flor Ribeirinha, e Éraldi Peterson, arquiteto e urbanista de Salvador (BA).
Os dados serão referentes a realidade socioeconômica e riqueza cultural desses espaços. “E aproveitando a presença de diversas lideranças e gestores que atuam em diversos campos de atuação, vamos, neste momento, pensar juntos em ações que podem ser feitas de maneira integrada para preservação desses locais. Na parte da tarde vamos pensar com os gestores dos quintais, modelos de negócio para cada quintal desenhados por cada um deles, ou seja, cada grupo sairá do Fórum com o seu modelo de negócio definido. Espero dessa forma, iniciar o processo de sustentabilidade desses locais”, explica Poliana.
A tarde acontecerá a dinâmica de divisão de grupos, tendo como pauta a metodologia Canvas, uma ferramenta para desenvolver modelos de negócios viáveis aos gestores dos quintais. Neste momento será observada a potencialidade de cada lugar e que ações de lucratividade podem ser realizadas a curto, médio e longo prazo.
O evento não será aberto ao público em geral, e a ideia é que as pessoas convidadas entendam a mensagem cênica e artística, e a mensagem da pesquisa e do projeto em si.
“A minha expectativa é que esses quintais entendam qual é o objetivo do INCA. A nossa ideia, que é realmente transformar esses quintais em um espaço aonde a gente possa desenvolver o turismo, a questão social, o empreendedorismo, a auto sustentabilidade desses quintais, a salvaguarda da nossa cultura, dos nossos costumes, das nossas tradições e o embelezamento da própria cidade. Essa é a minha esperança! Que esses quintais sejam o resultado mais positivo, em seu desenvolvimento. Mas o resultado mesmo que a gente espera é que esses quintais se organizem e se estimulem a se empoderar e seguir para frente”, frisa a idealizadora do projeto e presidente do Instituto INCA, Cybele Bussiki.
O projeto é uma realização do Instituto INCA, patrocinado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), via emenda parlamentar do deputado estadual Dilmar Dal Bosco, no valor de R$ 400 mil, com o apoio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e parceria do grupo Caleidoscópio da UFMT.